sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

5 itens pra identificar um programador-índio e um chefe-cacique


Quando criança havia uma brincadeira do "chefe-mandou". Você tinha o "chefe" e os "índios". Basicamente os índios deviam fazer tudo aquilo que o "chefe" mandasse. Se o chefe não começasse a frase com "chefe mandou..." e os "índios" executassem a ação, estavam fora da brincadeira. Ganhava quem conseguisse ser o último "índio" a sobrar.

E qual o problema? O problema é que essa brincadeira virou coisa de gente grande. Tem muito "programador-índio" brincando de "chefe-mandou". Você identifica um "programador-índio" pois ele:

  1. Não tem a mínima noção do que faz, e também não se importa.
  2. Precisa de uma lista de tarefas (de preferência num issue tracker) pra poder se mexer.
  3. Se ninguém delegar um tarefa, fica o dia inteiro quietinho, sem fazer nada (preferencialmente mexendo no celular, dando umas curtidas no Facebook e vendo uns vídeos no YouTube).
  4. Conta os minutos e segundos esperando as 18h chegarem para poder continuar a brincadeira só no dia seguinte.
  5. Só faz aquilo que o "chefe-mandou", e nada mais que aquilo.

E também temos o "chefe-cacique": uma geração inteira de gerentes treinada com o que há de mais "moderno". Você identifica um "chefe-cacique" pois ele:

  1. Micro-gerencia as tarefas que cada um dos seus "índios" tem que executar.
  2. Cronometra o tempo de cada uma das tarefas.
  3. Controla até o tempo gasto no banheiro ou no cafezinho.
  4. Coloca tudo isso numa planilha ou num gráfico de Gantt pra cobrar mais empenho depois.
  5. Não confia em nenhum dos seus subordinados, pois todos só querem lhe enrolar.

Se você conhece algum "programador-índio", então peça que ele não reclame depois que tem um "chefe-cacique". Pois honestamente um "programador-índio" merece um "chefe-cacique" e merece também a remuneração ridícula que deve estar recebendo.

Se você já conviveu com algum desses tipos, saia dessa brincadeira e procure algo melhor pra você. Seja um profissional competente, um programador de verdade: um artesão de software. Não seja o último "índio" a sobrar...