Li esta semana um artigo no mínimo intrigante que tenta demonstrar as diferenças entre o sistema educacional americano e o sistema educacional finlandês. Vou listar alguns pontos pois vale a pena a reflexão:
- O sistema americano é baseado na "excelência", na competência; o finlandês, na equidade entre os indivíduos.
- As melhores escolas americanas são particulares e pagas; todas as escolas finlandesas são públicas e gratuitas (da creche ao doutorado).
- O sistema americano é falido, seus alunos obtém resultados no máximo medianos; os finlandeses estão há anos entre os melhores (senão o melhor).
- Para os americanos, a competição entre as escolas torna-as melhores; para os finlandeses, o acesso e condições iguais a todos, independente de posição social, financeira ou geográfica, torna a educação melhor.
Ultimamente vemos alunos que não podem ser reprovados, e a educação desmoronando no Brasil. Sinceramente creio que o fator que mais influencia o aprendizado dos alunos é a qualidade do professor. Coloque professores excelentes e bem preparados nas salas de aula, e teremos um salto na nossa qualidade de educação.
Veja a decadência no ensino básico brasileiro nas últimas décadas. Não é culpa do feminismo, mas é uma consequência. Há 40, 50 anos, a única profissão que uma mulher inteligente e bem sucedida poderia exercer na sociedade machista era a de professora. Ou isso ou dona-de-casa. Resultado: aquelas eficazes na tentativa de sair do trabalho doméstico representavam em sua boa parte as melhores mentes femininas disponíveis. Professoras de qualidade. Graças a isso tínhamos alunos com um desempenho satisfatório.
Comparemos com a situação atual. Sou professor também, mas perdoem-me os meus colegas atuais: ser professor costuma ser a última opção dos alunos que se formam nas faculdades. Aliás, eu garanto que os melhores alunos não se dedicam à docência. Há uma verdade escondida no rumor "não sabe fazer nada direito, vira professor". O resultado vemos nos jovens que formam-se por aí. E por que isto acontece? Muito trabalho, pouco dinheiro e nada de respeito.
Uma revolução na educação passa pela valorização dos professores. Pensem nisso e ajam.